Líder do PT, Lindbergh diz que Bolsonaro ‘mentiu mais uma vez’: ‘é coautor dos possíveis crimes do filho Eduardo’
Parlamentar repudiou as articulações entre o bolsonarismo e o trumpismo. Também criticou o aporte milionário enviado pelo ex-mandatário ao deputado nos EUA
247 - O líder do PT na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias (RJ), afirmou nesta quinta-feira (5) que Jair Bolsonaro (PL) “mentiu mais uma vez”, ao dizer em depoimento ao Supremo Tribunal Federal que seu filho Eduardo Bolsonaro (PL-SP) não fez campanha nos Estados Unidos favoráveis a sanções contra o STF.
De acordo com o parlamentar, Jair Bolsonaro é “réu no processo da trama golpista” e, por consequência, é “coautor dos possíveis crimes do filho, ao financiar a atuação de uma possível organização criminosa sediada no exterior para sabotar instituições brasileiras”.
O petista repudiou a versão de que Eduardo Bolsonaro não se articulou nos EUA contra o STF e contra o ministro da Corte Alexandre de Moraes, atacado pelo bolsonarismo e pela extrema-direita norte-americana.
“Há vídeos, ofícios e postagens de Eduardo Bolsonaro em reuniões com congressistas dos EUA pedindo retaliações ao STF. Está tudo documentado — por eles mesmos”, continuou Lindbergh.
Segundo o parlamentar, “o envio de recursos para o exterior com a finalidade de praticar coação no curso do processo e obstruir a justiça é gravíssimo!. “Eduardo e Jair vão sofrer as consequências jurídicas por atuarem para enfraquecer a soberania nacional e atacar o STF com ajuda de estrangeiros. A era da impunidade acabou — e o Brasil não será refém de traidores da Pátria”.
O deputado também comentou sobre o envio de R$ 2 milhões de Bolsonaro para o seu filho nos EUA.
A Procuradoria-Geral da República e o STF investigam articulações feitas pelo deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nos EUA. O parlamentar chegou a dizer que, entre os membros do Partido Republicano, propostas em defesa de sanções contra Moraes estão “indo adiante”.
O ministro do STF é alvo da extrema-direita pela atuação em inquéritos como trama golpista (ele é o relator) e o das milícias digitais. O Supremo tornou Jair Bolsonaro e mais 30 réus na investigação do plano do golpe.
Zambelli
O líder do PT aproveitou para demonstrar repúdio à narrativa da extrema-direita brasileira, que defende sanções contra o Supremo Tribunal Federal e tenta espalhar a mensagem de que existe uma perseguição do STF contra políticos bolsonaristas.
“É preciso dizer sem rodeios: a extrema-direita não defende a legalidade — defende a impunidade seletiva de seus aliados. Quando não estão tentando anistiar golpistas, estão protocolando pedidos para sustar ações penais ou deslegitimar decisões do STF, como neste caso”.
O deputado disse que Zambelli participou de uma “invasão criminosa de sistema público e falsificação de documento oficial”. Ela foi condenada a 10 anos de prisão pelo STF por acusações de participação em um grupo que tinha como objetivo invadir sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e emitir decisões como um mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes.
Em nota, a bolsonarista disse que está sendo perseguida. “Denunciarei esse abuso, essa perseguição e essa escalada autoritária em todos os fóruns internacionais possíveis. O mundo precisa saber que, no Brasil, ministros do Supremo agem como imperadores, atropelando leis, calando vozes, destruindo famílias”, criticou a parlamentar.
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