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      "Brasil não renunciará à exploração de petróleo para seu desenvolvimento", diz Lula ao Le Monde

      Presidente Lula diz confiar na Petrobras para explorar a Margem Equatorial e cobra coerência de países ricos sobre recursos naturais

      Lula (Foto: Divulgação)
      Paulo Emilio avatar
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      247 - O jornal francês Le Monde publicou nesta terça-feira (3) uma entrevista exclusiva com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), poucos dias antes de sua visita oficial à França, marcada para quinta-feira (5). Na entrevista, Lula abordou temas como a preservação ambiental, sua relação com o presidente francês Emmanuel Macron e o papel do Brasil na geopolítica global.

      Apresentado como um “ardente defensor da paz”, Lula destacou sua longa trajetória de relações diplomáticas com líderes franceses. “Sempre tive uma excelente relação com todos os presidentes da França”, declarou. Sobre Macron, Lula foi enfático ao afirmar sua gratidão por ter sido recebido no Palácio do Eliseu em 2021, quando ainda não havia retornado à presidência. “Tenho uma relação privilegiada com Macron”, ressaltou.

      Questionado sobre a exploração de petróleo na Margem Equatorial, Lula defendeu o direito do Brasil de utilizar seus recursos naturais para o desenvolvimento, especialmente em comparação com países ricos. “O Brasil não renunciará a uma riqueza importante para o seu desenvolvimento, enquanto outros como França, Reino Unido, Noruega e Estados Unidos fazem”, afirmou, em resposta à pressão internacional contra projetos de perfuração na região Equatorial.

      Ele minimizou os riscos ambientais associados ao projeto, reforçando a competência técnica da Petrobras. “A perfuração ocorrerá a 500 quilômetros do Delta do Amazonas e não haverá problemas. E se houvesse o menor risco, eu seria o primeiro a me opor a tal projeto!”, garantiu. Segundo Lula, a Petrobras possui expertise reconhecida internacionalmente em exploração de águas profundas e jamais enfrentou um acidente grave.

      Outro ponto sensível da entrevista foi a recente visita de Lula a Moscou para participar das comemorações do Dia da Vitória, a convite do presidente russo Vladimir Putin, que atualmente é alvo de um mandado de prisão do Tribunal Penal Internacional por crimes relacionados à guerra na Ucrânia.

      Lula justificou sua presença na Rússia afirmando que foi homenagear a memória dos 26 milhões de mortos soviéticos na Segunda Guerra Mundial e que o Brasil mantém relações comerciais sólidas com o país. “Fui a Moscou para comemorar o aniversário da vitória sobre o nazismo, em respeito a um país que perdeu 26 milhões de vidas na Segunda Guerra Mundial”, disse.

      O presidente brasileiro afirmou ainda ter aconselhado Putin a buscar uma saída para o conflito. “Disse a Putin que era hora de acabar com a guerra”, contou, acrescentando que sugeriu ao presidente russo uma reunião com Volodymyr Zelensky em Istambul, no dia 16 de maio. “Lamentei que ele não tenha ido”, concluiu.

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