Luciana Costa diz que uso de dividendos do BNDES não compromete capacidade de crédito
Diretora do banco afirma que decisões sobre recursos serão tomadas com racionalidade e destaca lucro de R$ 26,4 bilhões em 2024
247 – Durante o 4º Fórum Esfera, realizado nesta sexta-feira (6/6) no Guarujá (SP), Luciana Costa, diretora de Infraestrutura, Transição Energética e Mudança Climática do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), comentou sobre o possível uso dos dividendos do banco para reforçar as contas públicas do governo federal.
Segundo Luciana, não há motivo para preocupação quanto à saúde financeira do banco, mesmo com a utilização parcial de seus lucros para ajudar o governo a fechar as contas. “Tivemos lucro líquido de R$ 26,4 bilhões em 2024”, afirmou. Ela destacou que, se houver uso dos dividendos, a medida não afetará a capacidade de concessão de crédito da instituição. “A discussão será feita de forma racional”, garantiu.
A diretora participou do painel “Infraestrutura como motor da retomada”, ao lado de ministros e especialistas que discutiram os rumos da economia brasileira e a necessidade de um novo pacto fiscal. O tema da reunião que acontecerá no domingo (8/6), entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e os presidentes da Câmara e do Senado, também foi abordado no encontro.
Luciana Costa tem papel de destaque no processo de financiamento à infraestrutura e à transição energética do país, áreas consideradas estratégicas no atual governo. Ao afirmar que o uso de dividendos não compromete os objetivos do banco, ela busca manter a confiança do mercado e dos agentes privados em relação à capacidade do BNDES de continuar atuando como vetor do desenvolvimento.
A posição da diretora vai na contramão de críticas de setores que temem que o governo esteja “enxugando” instituições públicas para cumprir metas fiscais. Luciana defende que o debate seja pautado por critérios técnicos e por uma visão de longo prazo: “A atuação do BNDES está baseada em planejamento, e a eventual destinação de dividendos não será feita de forma improvisada”.
Em meio a um cenário de pressão por cortes de gastos e revisão de isenções fiscais, o posicionamento de Luciana Costa reforça o discurso do governo de que é possível combinar responsabilidade fiscal com políticas de investimento. Ao tratar com naturalidade a discussão sobre dividendos, ela sinaliza que o BNDES seguirá atuando com solidez financeira e foco em prioridades estruturantes.
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