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      Governo boliviano reafirma compromisso com eleições e critica protestos em apoio a Evo Morales

      Ministro da Justiça diz que segurança pública poderá ser usada para garantir o direito ao voto e acusa mobilizações de tentarem impedir o pleito

      Luis Arce (Foto: Prensa Latina )
      José Reinaldo avatar
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      247 - O governo da Bolívia voltou a declarar, nesta quarta-feira (4), que as eleições gerais previstas para 17 de agosto estão mantidas, mesmo diante do clima de instabilidade política e dos protestos que se intensificam em diversas regiões do país. Em entrevista coletiva, o ministro da Justiça, César Siles, afirmou que o presidente Luis Arce “fará todos os esforços” para assegurar o exercício democrático nas urnas. A informação é da Telesur.

      Segundo Siles, o Poder Executivo já adotou medidas necessárias para garantir a realização do pleito, mesmo diante do bloqueio legislativo que tem dificultado a liberação do orçamento eleitoral. “O Governo garantiu, no âmbito das suas competências, e já o disse em diversas ocasiões e agora reitero, a realização das eleições gerais no dia 17 de agosto. Isto envolve não só a atribuição do orçamento, apesar do bloqueio da Assembleia Legislativa”, afirmou o ministro.

      Ao comentar sobre os protestos que tomaram as ruas em apoio ao ex-presidente Evo Morales, Siles foi enfático ao não descartar o uso das forças de segurança para proteger o processo democrático. “Também implica, sem dúvida, o uso da força pública no caso de alguém tentar violar esse direito que todos os bolivianos têm de votar, de escolher no dia 17 de agosto, porque parece que essas mobilizações, além de algumas questões temporárias que são usadas como desculpa, têm como objetivo interromper o processo eleitoral, interromper o calendário eleitoral”, declarou.

      O ministro classificou as manifestações como violentas e afirmou que elas ferem direitos fundamentais da população, como o livre trânsito, o acesso à saúde e à educação. Ele também cobrou ação das instituições judiciais: “O Ministério Público e o Judiciário precisam agir com firmeza; o Governo vai apresentar denúncias e ações judiciais para que as sanções cabíveis sejam aplicadas”.

      Do outro lado da crise, o ex-presidente Evo Morales tem se pronunciado frequentemente pelas redes sociais, acusando o atual governo de manipular as instituições para se manter no poder e impedir sua participação política. Em sua conta na rede X (antigo Twitter), Morales declarou: “Um golpe profundo foi desferido na democracia e no Estado de Direito. As instituições que deveriam ser garantidoras da Constituição, como o Tribunal Constitucional e o Tribunal Supremo Eleitoral, foram submetidas ao poder político do momento. Elas não respondem mais ao povo; respondem a interesses pessoais.”

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