CAIRO (Reuters) - O grupo palestino Hamas disse no sábado que respondeu a uma proposta de cessar-fogo apresentada pelo enviado do presidente dos EUA, Donald Trump, para o Oriente Médio, Steve Witkoff, aos mediadores, e incluiu uma exigência para o fim da guerra, que anteriormente era uma linha vermelha para Israel.
O grupo palestino disse em um comunicado que, de acordo com o acordo, libertará dez reféns vivos e 18 corpos em troca da libertação de vários prisioneiros palestinos por Israel, respostas alinhadas com a proposta de Witkoff.
A declaração do Hamas acrescentou: "Essa proposta tem como objetivo alcançar um cessar-fogo permanente, uma retirada abrangente da Faixa de Gaza e garantir o fluxo de ajuda ao nosso povo e às nossas famílias na Faixa de Gaza."
O governo disse que sua resposta veio "após a realização de uma rodada de consultas nacionais".
A declaração não mencionou que o Hamas estava buscando quaisquer mudanças na proposta, mas um funcionário palestino familiarizado com as negociações disse à Reuters que o Hamas buscou algumas emendas enquanto sua resposta era positiva.
O gabinete do primeiro-ministro israelense não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.
A mídia israelense informou no início desta semana que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse às famílias dos reféns mantidos em Gaza que Israel havia aceitado o acordo apresentado por Witkoff. O gabinete do primeiro-ministro se recusou a comentar na época.
As profundas divergências entre o Hamas e Israel impediram tentativas anteriores de restaurar um cessar-fogo que foi interrompido em março.
Israel insistiu que o Hamas se desarmasse completamente, fosse desmantelado como força militar e governamental e devolvesse todos os 58 reféns ainda mantidos em Gaza antes de concordar com o fim da guerra.
O Hamas rejeitou a exigência de entregar suas armas e diz que Israel deve retirar suas tropas de Gaza e se comprometer a encerrar a guerra.
Israel lançou sua campanha em Gaza em resposta ao ataque do Hamas no sul do país, em 7 de outubro de 2023, que matou cerca de 1.200 pessoas e fez 251 israelenses reféns em Gaza, de acordo com os registros israelenses.
A campanha militar israelense subsequente matou mais de 54.000 palestinos, segundo autoridades de saúde de Gaza, e deixou o enclave em ruínas.

Bianca Penteado

Imagem aérea da Faixa de Gaxa - 26/05/2025

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Mundo

Hamas diz que a proposta de cessar-fogo de Witkoff em Gaza deve levar ao fim da guerra

247 - Na véspera da segunda rodada de negociações nucleares entre Estados Unidos e Irã, marcada para este sábado em Roma, o enviado especial da Casa Branca, Steve Witkoff, realizou uma reunião confidencial em Paris com o ministro israelense de Assuntos Estratégicos, Ron Dermer, e o diretor do Mossad, David Barnea. A informação foi divulgada pela imprensa israelense.​
O objetivo da reunião, segundo apuração, foi discutir estratégias para influenciar a posição americana nas negociações com Teerã. Witkoff teria enfatizado o compromisso da administração Trump em resolver a crise nuclear iraniana por meios diplomáticos e impedir o enriquecimento de urânio pelo Irã.​
As negociações entre EUA e Irã, retomadas recentemente após anos de estagnação, são lideradas por figuras de perfis contrastantes: de um lado, o diplomata iraniano Abbas Araghchi, veterano das negociações do acordo de 2015; do outro, o empresário americano Steve Witkoff, aliado próximo do presidente Donald Trump. Apesar das diferenças, ambos buscam evitar uma escalada militar e alcançar um novo entendimento sobre o programa nuclear iraniano.​
A reunião em Paris ocorre em um contexto de tensões crescentes. &nbsp;Israel havia elaborado planos para atacar instalações nucleares iranianas, buscando apoio dos EUA para a operação. No entanto, durante uma visita do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu à Casa Branca, o presidente Trump teria rejeitado a proposta, optando por iniciar negociações diretas com o Irã.​
A segunda rodada de negociações está prevista para ocorrer na embaixada de Omã em Roma e deverá durar pelo menos cinco horas. A comunidade internacional observa atentamente os desdobramentos, diante da possibilidade de um novo acordo que possa limitar o programa nuclear iraniano e reduzir as tensões na região.​

Luis Mauro Filho

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Enviado dos EUA se reúne secretamente com autoridades israelenses antes de nova rodada de negociações nucleares com o Irã​

247 - O enviado especial dos Estados Unidos, Steve Witkoff, está a caminho de Moscou nesta semana para convencer a Rússia a aceitar um acordo de cessar-fogo com a Ucrânia, afirmou a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, nesta quarta-feira (12). A reportagem é da Sputnik.&nbsp;
"Steve Witkoff, o enviado especial do presidente, está indo para Moscou novamente esta semana para instar os russos a aderirem a esta negociação, e esperamos que eles o façam", disse Leavitt à Fox News.
Mais cedo, o vice-presidente dos EUA, JD Vance, anunciou que representantes russos e norte-americanos realizarão reuniões e conversas por telefone nos próximos dias sobre um cessar-fogo na Ucrânia.
"Teremos algumas conversas acontecendo por telefone e pessoalmente com alguns de nossos representantes nos próximos dias", disse Vance. "Como o presidente [Donald Trump] afirmou, acreditamos que estamos em uma posição muito boa, já que os ucranianos concordaram com um cessar-fogo, e agora vamos ver se conseguimos que os russos também concordem com um cessar-fogo", acrescentou.
Na terça-feira (11), ocorreu uma reunião entre as delegações dos EUA e da Ucrânia na Arábia Saudita. O gabinete do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, publicou uma declaração conjunta após as negociações, reafirmando a disposição de Kiev em aceitar a proposta dos EUA para um cessar-fogo de 30 dias com a Rússia, com a possibilidade de extensão por acordo mútuo. O documento também afirmou que os EUA retomariam imediatamente a ajuda à Ucrânia e levantariam a pausa no compartilhamento de inteligência. Moscou declarou que tomará uma decisão própria e soberana.&nbsp;

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